O que são nebulosas afinal?

Elas ganham forma de nuvem interestelar composta de gás e poeira, composição que predomina a origem de quase todo o cosmo, e principal atração para a raça humana, se você está no ramo da astronomia, vai entender do que eu estou falando, se não, sem preocupações, porque este post vai lhe explicar tudinho sobre elas e sua magia no Universo.

O assunto que tratei acima se diz respeito as grandes e fabulosas nebulosas, grandes nuvens interstelares capazes de criar planetas e estrelas que possuem diferentes características e propriedades, podendo ser classificada em três tipos básicos, que abordarei logo abaixo:

Nebulosas de emissão: Nébulas que possuem brilho por causa da radiação de estrelas próximas, devido a mesma causar a ionização do Hidrogênio composta nela,  todas nebulosas possuem este elemento químico em sua composição, e quando falo de ionização, me refiro a antiga ideia de doação de elétrons entre os átomos que você deve ter aprendido nas aulas de química (ou ainda não), um exemplo de nebulosa de reflexão é a famosa M42 (esta classificação pertence ao catálogo Messier, que falarei a respeito possivelmente no próximo post), presente na constelação de Órion, abaixo das três marias:


Nebulosas de reflexão: Este tipo de nébula é bastante simples de ser compreendida, pois ela apenas refletem a luz de estrelas próximas e não possuem calor suficiente para causar a ionização de seus gases, como a NGC 1977, nebulosa do corredor (não me juguem se estiver errado, traduzi esta analogia do inglês), localizada no sentido noroeste da constelação de Órion:



Nebulosas escuras: Estas devem ser um pouco mais chatas do que as outras pelo simples fato de não brilharem, e é por isso que tem esse nome, mas não significa que não sejam importantes para a formação do Universo (elas também são legais!).

Também há as nebulosas planetárias, mas falarei delas depois que tratar do assunto sobre estrelas e seus cilos de vida, em um outro post.

Antes que eu possa postar uma imagem de nebulosa escura, deixe-me dizer os fatos reais das coisas para que não haja muita decepção sobre o tema, as imagens acima só ganharam o efeito desejado devido as técnicas usadas por satélites em orbita acima da nossa atmosfera, que emitem raios x e luz infravermelha que penetram as grossas partículas de poeira e também as nuvens de gás presentes nela, essas emissões só podem ser feitas em tal posição devido a magnetosfera (camada energizada de prótons e elétrons) e o ozônio (um composto de três átomos de Oxigênio que nos protege da radiação solar) bloquear a passagem da mesma (as nebulosas de reflexão e emissão ainda podem ser vistas a olho nú sem o exagero proposto na imagem). Mas não se decepcione, porque nem tudo é um rio de lágrimas, ainda é possível produzir algo parecido com o atual processamento de imagens, que é feita da obtenção de imagens únicas ou separadas por frames por segundo de um vídeo que é normalmente captada por um chip de silício, chamado de CCD, que é muito sensível a luz, perfeito para exposições em pleno céu escuro (quando digo escuro é escuro mesmo!), este chip não é difícil de se encontrar, você pode comprar um de alta resolução ou fazer que nem eu, usar o presente em sua web cam, acoplando-a em seu telescópio, e não irei mentir, fazer a acoplagem e achar o CCD é a parte mais fácil, aprender a fazer boas astrofotografias é que é a parte difícil, um programa que recomendo (se você quiser começar a tirar astro fotos) é o Registax, que tem uma interface simples de ser usada, aqui vai um link de um tutorial interessante que achei sobre como usá-lo:

E também um tutorial sobre as exposições que devem ser feitas para se obter as imagens:

E aqui vai uma imagem da conhecida Barnard59, localizada na constelação do Ofiúco:


E para vocês ficarem loucos e impacientes para a chegada do emu post sobre nebulosas planetárias, aqui vai a do Olho de Gato, NGC6543, na constelação do Dragão:



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