As Quatro Luas Galileanas - As Luas de Júpiter

     As quatro maiores luas de Júpiter são mostradas acima com algumas de suas características visíveis  


Júpiter abriga aproximadamente 66 luas em sua orbita, tendo algumas delas ainda não confirmadas pela IAU (União Astronômica Internacional), que também cuida de confirmações celestes como as deste tipo. Mas neste post, nos concentramos em suas quatro maiores luas, Io, Europa, Ganimedes e Callisto, mostradas sequencialmente na imagem acima. As quatro luas seguem o mesmo plano orbital retrógrado (sentido horário e alinhado com o plano equador imaginário do planeta) e foram primeiramente vistas por Galileu Galilei (1564-1642), que também contemplou outras visões como os anéis de Saturno e contribuiu para o avanço da física moderna, embora o aprofundamento sobre o conhecimento destas quatro luas vieram depois, ainda permanecem muitos mistérios sobre a mesma.

Começamos com Io, o único satélite com vulcanismo ativo em todo o sistema solar, sua superfície com diversas colorações e manchas escuras não apresentam traumas recentes causados por meteoritos, cometas, restos de asteroides
ou qualquer objeto semelhante, mesmo havendo muitas pertubações ao redor, nos mostrando o qual rapidamente seu terreno se modifica (é até lógico que isso aconteça, já que o material deixado pela atividade vulcânica varre quaisquer dessas evidencias, substituindo o solo esburacado por um novinho e folha).

Europa, um satélite dificilmente estudado devido a sua posição orbital em relação a Júpiter, possui uma superfície coberta por gelo e sem evidências de impactos recentes, assim como Io. Foi confirmado em 2013 no site oficial da Nasa a descoberta de oceanos embaixo do solo congelado da lua, quando o telescópio espacial Hubble capturou imagens do que seriam erupções de vapor de água que se espalhavam por sua atmosfera, a grande descoberta estimula ainda mais a procura por vida em outros lugares pelo Universo, será que ela pode ser encontrada em Europa?


Ganimedes, o maior de todos os satélites de nosso sistema solar, maior que mercúrio, apresenta diversas crateras, vales, montanhas e até mesmo vulcões (inativos), sua atmosfera é composta de oxigênio e ozônio e sua superfície coberta por gelo, o manto (camada que circunda o núcleo) apresenta uma característica bastante interessante, sua composição é praticamente gelo/água, a temperatura do gelo quase alcança o ponto de fusão. O fato de Ganimedes ter ozônio em sua atmosfera é devido ao campo magnético de Júpiter, que envia partículas carregas ao solo do satélite, que reage com o gelo produzindo assim, o ozônio.


Callisto, um satélite que aparenta estar em vulcanismo (falo isso porque foi meu primeiro erro ao analisar as quatro luas galileanas) na verdade possui uma superfície de gelo e rocha com crateras brancas, apresentando essa aparência escura e tenebrosa, porém fascinante, seu interior se assemelha com a de Ganimedes, se diferenciando apenas em tamanho e em número de crateras (que é grande afinal das contas).


Se estiver planejando alguma viagem interplanetária durante as férias, aconselho a visitar essas quatro luas, pode não ser a principal atração (se estiver procurando algo maior), mas uma viagem dessas com certeza valeria a pena, e lembre-se, se você for, precisará de um guia durante o tour, eu estarei disponível a qualquer momento :)


Obrigada e até a próxima !

Natã Bonates

Um comentário: